domingo, 10 de maio de 2009



Usando o Google em busca de conceitos e opiniões sobre a Web 2.0, eis que me deparo com um novo software! O Visual Typewriter converte o computador numa máquina de escrever “clássica”, com a sua tipografia característica e uma diversidade de folhas para usar. Até o som das teclas está incluído! Quer dizer, a minha velha ferramenta de trabalho agora é cult?! Em 15 anos, passei dos tic tac das teclas para apenas um clique e agora posso juntar tudo isso numa imensa salada cibernética.

No início dos anos 90, quando as primeiras máquinas começaram a chegar às redações, as opiniões se dividiram, mas todos concordavam que a brutal mudança no processo de trabalho era definitiva. Terminava, ali, uma maneira de fazer jornalismo, e descortinava-se um universo desafiador. Sou fruto desta geração, com quase 40 anos, que fica no meio do caminho entre o antigo e o novo.

De cara, a Web 1.0 acelerou a comunicação com a troca de e-mails e os instant messengers além da adoção da tecnologia Voip (Voz sobre IP), que permitia a comunicação por voz pela internet a um preço menor do que os praticados pelas operadoras de telefonia, segundo artigo de Robson da Silva. Como repórter de saúde, eu me lembro das primeiras entrevistas por mail e messengers, que me permitiam ampliar as minhas fontes, e conversar com especialistas de universidades e centros de pesquisas fora do Brasil em curto espaço de tempo. Um passo inimaginável comparado às “velhas” entrevistas por telefone!

Já neste final da primeira década do século 21, assistimos a crescente interatividade e simplicidade de conteúdo e navegação como as maiores conquistas da Web 2.0. O termo apareceu conceituado pela primeira vez por Tim O'Reilly durante série de conferências, sobre o mesmo tema, promovidas pela O'Reilly Media e pela MediaLive International. Reilly, autor do texto O que é Web 2.0, ressalta o foco no usuário, o serviço de busca de dados e as redes sociais.

Aliás, pontuando a Netscape e Google como empresas símbolos da Web 1.0 e da Web 2.0, fica mais fácil localizar as diferenças. A Google investiu em forte banco de dados especializado e em aplicativos como Gmail, Blogger, Google Maps, Google Calendar, que facilitam o acesso do usuário a informação. Já a Netscape investiu no “navegador” e no domínio de mercado.

Também mudou a edição de páginas que na Web 1.0 era feita por um especialista e agora pode ser administrada pelo usuário. Ou seja, o usuário ganhou “mais poder” na geração de conteúdo, podendo remixar o material produzido por outro usuário, classificar informações como quiser e interagir com interfaces inteligentes.

Hoje, como pesquisadora de comunicação, o que mais me chama atenção é a crescente exploração de subjetividades que a Web 2.0 permite através do amplo uso de redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter e etc). Trocando em miúdos: a Internet está cada vez menos ligada a computadores, e sim às pessoas que a utilizam como uma poderosa ferramenta de comunicação. Sentada em frente ao computador, me espanto com a passagem do tempo, enquanto termino o download do Visual Typewriter.

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