sábado, 16 de maio de 2009

Por dentro da Gripe A


O Portal da Fundação Oswaldo Cruz "nasceu" em maio de 2005. Foi a iniciativa web mais relevante da instituição centenária, localizada em Manguinhos, no Rio de Janeiro. A Fiocruz, referência em saúde pública na América Latina, ganhou um espaço de serviço, ensino, pesquisa e notícias de saúde e ciência e tecnologia. Desde então, a equipe mantém atualizada a área de notícias, sempre com o foco no nosso usuário, que pode ser o cidadão, o estudante, o pesquisador e o profissional de saúde. O nosso trabalho tem como meta o esclarecimento à população a respeito de temas de saúde.


Através do serviço "Fale Conosco", temos um excelente "termômetro" das demandas do usuário. O acesso ao Portal Fiocruz costuma crescer, especialmente, quando um tema de saúde é explorado pela mídia. Tivemos pico de acesso na ocasião da vacina da febre amarela, na epidemia de dengue, gripe aviária e muitos outros. Agora, o “tema da vez” é a gripe A (H1N1). Além dos especialistas da instituição, contamos com a “rede” de parceiros, formada pelo Ministério da Saúde, universidades, prefeituras e governos estaduais e federais. Pude, então, testar o RSS e o Google Reader para me manter atualizada sobre a gripe A (H1N1).

Busquei o RSS do nosso Portal e instalei facilmente o Feedreader. Já tinha testado o serviço para checar as nossas ‘notícias” em formato RSS. Mas, desta vez, resolvi ampliar a leitura e acrescentei diversos sites noticiosos como a BBC, Agência Brasil, O Globo, Extra, Folha de São Paulo e Ministério da Saúde, formando assim um enorme “painel” da Gripe A no Brasil e no mundo.

O que mais me chamou atenção foi a leitura rápida e personalizada. Fiquei imaginando que entrar a todo instante naquela quantidade de páginas ia me custar um tempo valioso e várias janelas abertas ao mesmo tempo. Este “monitoramento” também me permitiu ter uma visão da nossa atuação como instituição “produtora de notícias desta área”.

Acessei o Google Reader com a minha conta gmail e repeti os sites acima. Achei o “layout” mais amigável e a dinâmica bem parecida com o Outlook. Gostei, especialmente, de poder dividir o conteúdo em pastas e também do recurso de marcar com a estrelinha as noticias mais relevantes. Aproveitei, também, o sistema de compartilhamento e enviei as demais jornalistas da equipe o conteúdo mais relevante da gripe A (H1N1). Também pude atualizar mais rapidamente as notícias que chegavam do Ministério da Saúde.

Diante as vantagens, passei a usar mais o Google Reader e cheguei a acessá-lo do computador aqui em casa. Como usuária, creio que esta é a grande vantagem do Google Reader. Você pode acessá-lo de qualquer lugar! É perfeito para quem viaja muito, usa diversos computadores ou tem internet banda larga. Já o Feedreader é indicado para quem vai ler os RSSs sempre no mesmo computador.


Creio que os leitores de RSS são enormes facilitadores do trabalho jornalístico na Web. Numa única tela, é possível ter uma infinidade de sites ao mesmo tempo. Serve para quem está “monitorando” a concorrência ou para jornalistas com o meu perfil, que trabalham como prestadores de serviço à população. Como “time is money” na web, a leitura personalizada pode fazer a diferença. Mas, veja bem, meu caro: na hora do lazer, descubra um site novo a cada dia.

domingo, 10 de maio de 2009



Usando o Google em busca de conceitos e opiniões sobre a Web 2.0, eis que me deparo com um novo software! O Visual Typewriter converte o computador numa máquina de escrever “clássica”, com a sua tipografia característica e uma diversidade de folhas para usar. Até o som das teclas está incluído! Quer dizer, a minha velha ferramenta de trabalho agora é cult?! Em 15 anos, passei dos tic tac das teclas para apenas um clique e agora posso juntar tudo isso numa imensa salada cibernética.

No início dos anos 90, quando as primeiras máquinas começaram a chegar às redações, as opiniões se dividiram, mas todos concordavam que a brutal mudança no processo de trabalho era definitiva. Terminava, ali, uma maneira de fazer jornalismo, e descortinava-se um universo desafiador. Sou fruto desta geração, com quase 40 anos, que fica no meio do caminho entre o antigo e o novo.

De cara, a Web 1.0 acelerou a comunicação com a troca de e-mails e os instant messengers além da adoção da tecnologia Voip (Voz sobre IP), que permitia a comunicação por voz pela internet a um preço menor do que os praticados pelas operadoras de telefonia, segundo artigo de Robson da Silva. Como repórter de saúde, eu me lembro das primeiras entrevistas por mail e messengers, que me permitiam ampliar as minhas fontes, e conversar com especialistas de universidades e centros de pesquisas fora do Brasil em curto espaço de tempo. Um passo inimaginável comparado às “velhas” entrevistas por telefone!

Já neste final da primeira década do século 21, assistimos a crescente interatividade e simplicidade de conteúdo e navegação como as maiores conquistas da Web 2.0. O termo apareceu conceituado pela primeira vez por Tim O'Reilly durante série de conferências, sobre o mesmo tema, promovidas pela O'Reilly Media e pela MediaLive International. Reilly, autor do texto O que é Web 2.0, ressalta o foco no usuário, o serviço de busca de dados e as redes sociais.

Aliás, pontuando a Netscape e Google como empresas símbolos da Web 1.0 e da Web 2.0, fica mais fácil localizar as diferenças. A Google investiu em forte banco de dados especializado e em aplicativos como Gmail, Blogger, Google Maps, Google Calendar, que facilitam o acesso do usuário a informação. Já a Netscape investiu no “navegador” e no domínio de mercado.

Também mudou a edição de páginas que na Web 1.0 era feita por um especialista e agora pode ser administrada pelo usuário. Ou seja, o usuário ganhou “mais poder” na geração de conteúdo, podendo remixar o material produzido por outro usuário, classificar informações como quiser e interagir com interfaces inteligentes.

Hoje, como pesquisadora de comunicação, o que mais me chama atenção é a crescente exploração de subjetividades que a Web 2.0 permite através do amplo uso de redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter e etc). Trocando em miúdos: a Internet está cada vez menos ligada a computadores, e sim às pessoas que a utilizam como uma poderosa ferramenta de comunicação. Sentada em frente ao computador, me espanto com a passagem do tempo, enquanto termino o download do Visual Typewriter.